top of page
Condrito Ordinário Equilibrado L6, brechado e com sinais de estágio de choque elevado.
PETROGRAPHY:
Na amostra de mão, o meteorito exibe uma textura diferenciada, principalmente por apresentar fragmentos claros, circulares e angulares, bastante variado em tamanho, cortado por um veio escuro e amplas áreas escuras. As áreas claras são devido à recristalização, com poucos côndrulos discerníveis em meio a massa principal. As áreas escuras são claramente derivadas do metamorfismo de choque, fundido em parte, e não exibe mais a textura condrítica. A cor escura dos veios são resultado da abundância de opacos com granulação fina. Dessa forma, o meteorito é uma brecha monomítica de origem de choque. Considerações mineralógicas feitas por Keil et al. (1977) indica que os veios escuros de choque formaram em pressões maiores do que 430kb e temperatura de 1500-1700ºC, enquanto que os fragmentos claros representam porções menos alteradas da rocha e experimentaram pressões de aproximadamente 200kb e temperaturas menores do que 900ºC. Fonte: Gomes & Keil (1980).
GEOCHEMISTRY:
De acordo com Keil et al. (1977), as áreas claras do meteorito, que representam a porção menos afetada pelo evento de choque, consiste principalmente de olivina Fa23.7 e piroxênio Fs20.7, com quantidades menores de vidro oligoclásio (maskelinita) Ab83.1An11.3Or5.6, FeNi e troilita. Como mineral acessório tem-se a cromita. As áreas escuras, representando as regiões mais afetadas pelo metamorfismo de choque, são essencialmente formados por vidros com composição variada, gotículas e veios do metal FeNi, assim como fases de olivina e ortopiroxênio fracamente anisotrópicos à perfeitamente isotrópicos. As fases isotrópicas são geralmente sem coloração quando vista através da luz transmitida, mas as vezes são claros à marrom escuro. Fonte: Gomes & Keil (1980).
CLASSIFICATION:
A composição total e mineralógica da porção clara do meteorito é consistente com o grupo L dos condritos, especialmente os minerais olivina, plagioclásio, ortopiroxênio e cromita estão de acordo com esta classificação. O grupo químico L é confirmado através da química total e das razões Feº/Ni (5.05), Fe/SiO2 (0.52) e Feº/Fe (0.31), assim como a concentração total de Fe total no meteorito (20.86%) e total de FeNi de 7.92. A classificação petrográfica tipo 6, de acordo com Van Schmus & Wood (1967), é devido a uniformidade e homogeneidade composicional dos minerais ferromagnesianos, a escassez de côndrulos visíveis e a textura altamente recristalizada. Fonte: Gomes & Keil (1980).
CLASSIFIERS:
Não informado pelo Meteoritical Bulletin Database. Uma descrição preliminar foi dada por Arruda (1962) e Amaral (1962). Ramdohr (1973) identificou a presença de calcopirrotita e mackinawita como fases acessórias. Um estudo detalhado sobre o meteorito Paranaíba foi feito por Keil et al. (1977) e Gomes & Keil (1978).
STORY:
O Paranaíba teria caído em 1956 a 70 km de Paranaíba na fazenda Can-Can. O meteorito de aproximadamente 100 kg foi recuperado de um buraco de 2 metros de profundidade, porém grande parte deste material foi destruído pela vizinhança. Do mesmo modo que o Bendegó, a população da região atribuía a falta de chuva à retirada do meteorito. As pessoas faziam romaria ao local da queda do meteorito para chover, conta uma senhora entrevistada, e que quando voltavam de lá chegavam molhados pois chovia. No local foi erguida uma cruz. Na literatura consta dois meteoritos na mesma região, sendo que a história dos dois meteoritos parecem se confundir, uma vez que registra que um bom fragmento do Cacilândia foi para o Museu Nacional, contudo essa amostra não existe, apenas o Paranaíba. Praticamente nada se sabe também sobre a história do Cacilândia. Descrição obtida nos documentos de M. E. Zucolotto.
All information that does not have a specific source were extracted from the Meteoritical Bulletin Database.
All images are copyrighted.
bottom of page