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MORRO DO ROCIO
Rochoso
TYPE:
CLASS:
CLAN:
GROUP:
SUBGROUP:
PET TYPE:
EST. SHOCK:
INTERPERISM:
PARENTS:
YEAR:
DESCRIPTION:
CONDRITO
ORDINÁRIO
H-L-LL
H
5
-
-
BRASIL - SC
1928
Condrito Ordinário Equilibrado H5 anômalo por apresentar-se rico em sílica, o que é muito raro de ser encontrado em condritos.
PETROGRAPHY:
Macroscopicamente, em superfícies quebradas ou serradas, a textura apresenta-se como uma microbrecha bastante homogênea, com apenas uma sugestão possível de uma estrutura brechada de cor clara e escura. Tem uma cor cinza média com côndrulos bastante frequentes, mas não muito distintos, que rompem com a matriz. Assim, ele atende aos critérios para a definição clássica de "condrito cinza". Microscopicamente, em seções finas, o meteorito Morro do Rocio se assemelha a muitos condritos H5. Os tipos usuais de textura dos côndrulos ocorrem como olivina barrada, piroxênio radial (e/ou olivina) e porfiríticos, alguns com olivinas "esqueléticas" ou provavelmente corroídas. Um côndrulo contém sílica livre, aparentemente tridimita, em pequenas esférulas com diopsídio. A textura geral exibe a integração de côndrulos e matriz grosseiramente cristalina. Fonte: Fredriksson & Wlotzka (1985).
GEOCHEMISTRY:
Os principais silicatos, como sempre, são olivina e piroxênio em quantidades aproximadamente iguais. Este último é principalmente ortopiroxênio, às vezes bordeado por diopsídio. As fases acessórias são de plagioclásio, SiO2 (tridimita?), vidros ricos e pobres em SiO2 e raro K-feldspato. Além disso, cromita e espinélio contendo Cr estão presentes. As olivinas têm composição essencialmente constante (Fa17.8 +/- 0.3). Os piroxênios mostram variações um pouco maiores que as olivinas, mas ainda possuem composição quase constante, com poucas exceções. Na e K podem variar em diferentes pontos da mesma mesostasis de côndrulo, embora a maioria das análises se agrupe em torno da composição oligoclásica do feldspato de condrito H. Fonte: Fredriksson & Wlotzka (1985).
CLASSIFICATION:
As superfícies polidas mostram uma abundância de metal FeNi, o que é característico para os condritos do grupo químico H, além das análises químicas que confirmam esta classificação. A integração da textura, a ocorrência apenas de piroxênio ortorrômbico de baixo Ca e o vidro mesostásico e dos côndrulos devitrificados colocam o Morro do Rocio no grau petrográfico 5 de Van Schmus & Wood (1967). O componente feldspático ocorre principalmente como agregados microcristalinos nessas mesostasis. Apenas alguns grãos claros de feldspato intersticial foram encontrados. Mais detalhes sobre o meteorito pode ser encontrado no artigo que serviu de fonte, com acesso no link a seguir: http://articles.adsabs.harvard.edu//full/1985Metic..20..467F/0000471.000.html. Fonte: Fredriksson & Wlotzka (1985).
CLASSIFIERS:
Fedriksson & Wlotzka (1985)
STORY:
Pouco se sabe da história do Morro do Rocio, exceto a localidade onde foi encontrado, que é a de Santa Catarina, na mesma ilha de São Francisco do Sul onde o famoso meteorito de Santa Catharina foi encontrado e praticamente totalmente vendido como se fosse uma mina de niquel. Por esse fato e pelo nome do meteorito ser do mesmo local do Morro do Rocio, onde algumas amostras do famoso meteorito foi encontrado, ele chega a ser confundido como sinônimo do Santa Catarina chegando a figurar no British Museum Catalog como tal. Sabe-se também que era conhecido antes de 1928. Se não se tratasse de dois meteoritos totalmente distintos, o Santa Catarina sendo um meteorito metálico do tipo ataxito e o Morro do Rocio um meteorito rochoso do tipo condrito, poder-se-ia até supor se tratar do mesmo meteorito. Não se sabe como três amostras destes meteorito, pesando no total 359g foram parar em Belgrado. Sabe-se apenas que uma pequena amostra de 9.5g foi comprada da coleção de Huss pelo extinto Max-Planck-Institute de Mainz e era uma amostra quase completa coberta de crosta de fusão. Fonte: Fredriksson & Wlotzka (1985).
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